PODOLATRIA


Já é de conhecimento de todos que existem pessoas que possuem fetiche por pés, ou seja, sentem atração sexual por eles? Mas é claro, sempre existe quem não saiba ou desconheça o assunto ou que vê esse desejo um tanto quanto exótico. À essa fantasia, da-se o nome de podolatria, quando o prazer sexual não se encontra no próprio ato sexual, mas é transferido para o objeto de desejo, no caso, os pés de uma outra pessoa.
O podólatra sente prazer em ações simples para com os pés, objetos dos seu prazer. Tocar, beijar, massagear, cheirar, ou mesmo o simples ato de observar o seu “alvo”, são algumas das muitas outras ações possíveis que envolve este tipo de fantasia. Geralmente o fetiche é direcionado à pés de terceiras pessoas e raramente aos próprios pés. Um dado importante, que se vê neste universo, é que a grande maioria dos podólatras são homens, mas isso não exclui as mulheres, mas, não é tão comum em relação ao contigente masculino.
O gosto por pés desperta desde muito cedo, de forma embrionária, ainda na infância e o fascínio toma a forma definitiva com o passar dos anos, entre a adolescência e a maturidade sexual.
Para o podólatra, os pés possuem a mesma sensualidade de um bumbum ou dos seios, da mesma forma que eles e podem se deslumbrar pela sua beleza, cheiro, maciez da pele, etc, também podem se decepcionar pela feiura, se é que existem pés feios, para mim são todos iguais, não vejo diferenças significantes, mas não sou adoradora de pés, ou falta de cuidados com os pés. Aliás, cuidado e limpeza é um item básico para qualquer adorador de pézinhos, muito mais do que o formato ou a beleza.
Não sou uma expert no assunto, também não é uma das minhas fantasias prioritárias, ter meus pés adorados e beijados, além disso, como escrevi acima, acho que os meus pés são como outro qualquer, ou seja, bem comuns, mas já tive oportunidade de tê-los acariciados e beijados. Inicialmente achei estranho, uma das primeiras coisas que pensei, foi quanto ao cheiro, mas fui convencida que isso é algo fácil de resolver, lava-se e pronto, ficam cheirosos, se necessário, um perfumezinho é bem vindo.
Apesar das poucas experiencias que pude desfrutar, ficou claro para mim que em uma relação com um podólatra, não topar é negar-lhe uma parte preciosa para a sua satisfação sexual, comparando as situações, poderiamos dizer que é o mesmo que transar sem nenhum beijo, tal é a importância desse no relacionamento sexual.
A sensualidade dos pés, também é marcada pelo estilo de calçado usado, sandálias, sapatos, tamancos, tipos de saltos, anabela, agulha, o material que é confeccionado os calçados, couro, camurça ou até plásticos transparente e, pelas unhas pintadas com cores que as tornem atraentes e sensuais, o esmalte vermelho por exemplo. 
Sexualmente falando, a atração por pés é similar a outros tipos de atrações, como por pescoço, nádegas, seio, a grande diferença é que este tipo de admiração tem conotação de uma fixação, onde muitas vezes, os pés são responsáveis por inúmeras maneiras de excitação, desde o simples ato de ser roçado pelos pés do companheiro(a), à masturbação feita pelos pés do parceiro(a) sexual podendo leva-los à satisfação plena de prazer e orgasmo.
Existe na podolatria uma enorme variedade de gostos, que se baseiam nos elementos constitutivos dos pés , há preferências somente as solas, outros preferem os dedos longos ou unhas bem aparadas, unhas pintadas, pés descalços e ainda, pés calçados com belíssimo salto agulha, meias finas. É obrigatório citar que há registro da apreciação de pés com frieiras, micoses, chulé, etc, mas é uma preferência que pode-se caracterizá-la por fungifilia, na categoria das parafilias.

Levando-se em consideração as práticas do BDSM e sadomasoquistas a presença dos pés, neste contexto, assume outra conotação, sob a égide da dominação e submissão, servindo a podolatria, como um caminho para as trocas necessárias para este tipo de relação, ou seja a cessão do poder ao dominador e a humilhação ao submisso.
Para o podólatra, a sua satisfação é diretamente proporcional ao cultuar dos pés e das inúmeras possibilidades de ações que a imaginação puder propiciar, traduzindo-se em fantasias que o levam à excitação, sem qualquer outra intervenção, enquanto que no contexto sadomasoquista e do BDSM, o  significação prazeroso da relação podólatra, remete-se à submissão e a dominação, como parte essencial.
A podolatria é algo bem comum de ser encontrado, ela pode estar incluida nas fantasias das pessoas mais próximas a nós, de quem menos esperamos. A melhor amiga que fantasia seus pés sendo beijados, o colega de trabalho que não tira os olhos dos pés das colegas, o desconhecido que passa por nós na rua, um cidadão sentado no banco da praça. Muitas vezes e na maioria das vezes, a presença dela não é notada, nem mesmo por que a possui e passa-se por uma simples fantasia desapercebida. Pois o graus e níveis de podolatria são vastos e pode-se caracterizá-la pela sequencia, que tais fantasias, fazem parte dos nossos pensamentos e desejos.
O mais importante é perceber que a imaginação do ser humano torna-se fértil e capaz de produzir fetiches e fantasias peculiares a cada um, sendo os pés apenas uma das possibilidades.
Para ilustrar este artigo, eu procurei algumas pessoas, tentei encontrar pessoas que falassem sobre as suas experiências, de ambos os lados, tanto do lada de quem gosta de ter os pés adorados, com o lado de quem gosta de adorá-los, uma amiga que conheço pelo nome de DME SHE e que tem a fantasia de ter seus pés como um objeto de desejo, além disso uma dominadora e, um adorador de pés que chamarei pelo nome de "RM".

DME SHE

Eu sempre detestei os meus pés, os achava muito feios e por isso nunca permiti que ninguém os beijassem ou massageassem.
Isso até eu encontrar o meu primeiro sub podo, ele me fez descobrir uma forma diferente de sentir um prazer, de um jeito que eu jamais havia sentido em toda a minha vida...Ele tirou os meus sapatos e de forma delicada, foi tocando cada dedinho com os lábios, senti uma sensação gostosa devido aos seus lábios quentes, depois percorreu a sola do meu pé com a língua, o que me provocou um breve arrepio subindo pelo meu corpo. e finalmente ele colocou em sua boca o meu dedão do pé, senti um prazer enorme, percebi que minha calcinha já estava completamente molhada, até que minha respiração ficou ofegante de acordo com a intensidade dos beijos, massagens e chupadas recebidas em meus dedos.Descobri a partir desse dia que a podolatria é importante na minha vida sexual, eu exijo que o meu submisso me proporcione esse prazer intenso nas minhas sessões BDSM, gosto de ter meus pés tocados, adorados e saboreados, quero tê-los a meus pés, em baixo dos meus saltos, como meus capachinhos adoradores de pés.
RM
Desde a minha infância eu tenho fantasias por pés, eu adorava brincar com os pés das minhas irmãs, primas e amigas, as vezes chagava ao ponto de beijar seus pés. Até certo ponto isso engraçado, eu tinha uns 8 anos e isso se tornava quase uma perseguição e até mesmo uma tortura, pois ela morriam de cócegas.
Mesmo depois adolescente, minha fascinação por pés não cessou e até hoje sou fascinado por pés. Não me vejo fazendo sexo sem eles e é por onde eu começo. Os pés são para mim, tão sensuais quanto um bumbum redondinho e me atraem até com mais intensidade. Em certas oportunidades, me decepcionei com mulheres lindas que tinham pés feios, calejados, com joanetes enormes ou solas ásperas e o tesão foi para o espaço. Não é toda mulher que gosta de ter seus pés, tocados, acariciados e beijados, mas para mim, é uma fonte crucial de prazer, se ela não topa a brincadeira, parece que fica faltando algo, pois dos pés, depende muito a minha excitação. Minha atração por pés é apenas sensualidade e nada tem a ver com sadomasoquismo, apenas gosto deles, admiro-os e sinto prazer em tê-los a minha disposição, para beijá-los, acaricia-los e observar cada detalhe. Sou capaz de diferenciar um pé do outro minuciosamente e descrever as diferenças, por mínimas que sejam.

Fonte: www.pensamentoindecente.com